Diário de Bordo - Sérgio

 

10/03/2006

Três meses de viagem!!! Puxa, como passou rápido! E tudo está andando da melhor forma possível, inclusive o estudo à bordo, que era um receio meu. Após acordarmos e tomarmos café, fomos até Parati para enviar e-mail’s e abastecer o barco. O tempo havia virado e a cara dele não era das melhores. O Márcio, um grande amigo meu, e a Lu devem vir este final de semana. Para comemorar os três meses, comprei carne moída, trigo, cebola e hortelã e fizemos um quibe cru à bordo. O Jonas comeu três pratos!!! No final da tarde a Lu chegou e o tempo já estava melhor. Fomos até Parati com ela, passeamos e comemos um crepe. Retornamos ao barco meio cansados e logo fomos dormir.

 

11/03/2006

Não acordamos muito cedo e, após o café da manhã tomado tranqüilamente no interior do barco, fomos até Parati para enviar um e-mail para o Márcio. Não consegui falar com ele pelo telefone, ele também não ligou, e ele não é de dar furos. Ficamos esperando contato, mas como não aconteceu, o único jeito de falar com ele, fora o celular que não funciona de jeito nenhum (não cai nem na caixa postal), era a internet. Foi bom, pois soube algumas novidades: na semana que vem deve sair um artigo sobre nós no “Imprensa Livre” do litoral norte (quem está escrevendo a matéria é a prof. Luciana, que foi professora do Jonas e da Carol – os dois a adoram!) e no sábado, dia 18, deve sair um pequeno artigo sobre nós no Estadinho. Após almoçar em Parati, comprar gelo e retornar ao barco, resolvemos ir pernoitar em Jurumirim. Saímos já estava escurecendo e o céu estava encoberto. No meio do caminho ficou escuro, mas a lua apareceu, criando um “caminho de luz” exatamente na direção em que seguíamos. Foi maravilhoso! Nossa primeira navegada noturna da viagem (mesmo curtinha) seguindo a trilha da lua, quase cheia, que criava uma explosão de luz no mar. Ancoramos em Jurumirim e resolvi descansar um pouquinho. Apaguei completamente!

 

12/03/2006

Dormi mais de 14 horas! Acho que alguma gripe estava querendo me pegar e, quando isso acontece, durmo muito! Levantamos todos e fomos logo tomar um banho de mar, pois o dia estava muito bonito. As crianças resolveram fazer o café da manhã (que estava muito gostoso!) e a louça ficou para eu e para a Lu lavarmos. O gás acabou quando o Jonas estava começando o café e troquei pela segunda vez o bujão de gás de cozinha. O engraçado é que o primeiro durou 26 e o segundo 65 dias. Apesar de ter cozinhado menos, não foi tão pouco assim para dar essa diferença. Portanto, deve ter grande variação de carga desses bujões pequenos. Após as obrigações, fomos mergulhar no pequeno cabo entre a praia do Engenho e a praia de Jurumirim. A água estava bonita e foi um mergulho gostoso. O Jonas e a Carol quiseram voltar ao barco e eu e a Lu fomos “descobrir” a outra ponta da praia de Jurumirim, onde vimos o Parati 2 amarrado outro dia. Foi um mergulho muito bonito! Vários peixes, a água mais clara e ainda uma pedra interessante, que parecia a barbatana de um tubarão do lado de fora da água e, dentro da água, parecia uma grande vela aberta ao vento. Pouco depois de retornarmos ao Fandango caiu uma chuva torrencial e aproveitamos para fazer o almo-janta. Como estava impraticável usar a churrasqueira, fritei na frigideira uma maminha que havia comprado e fiz um risoto para acompanhamento. Também saboreamos picles que a mãe da Lu, a dona Therezinha, havia nos presenteado. Escutamos música, conversamos um pouco e depois fui tomar um banho de banheira. Isso mesmo! Banho de banheira! O bote estava repleto de água doce e não resisti a entrar nele e tomar meu banho ali mesmo, com a noite escura, um pouco de garoa caindo e minha “banheira de água doce flutuante” à disposição. Findo o banho, conversamos mais um pouco e fomos todos dormir cedo.

 

13/03/2006

Ao acordarmos a água não estava suja como eu esperava, em função da chuva de ontem. Logo levantamos e demos uma mergulhada (é tão bom começar o dia assim!). Após o café da manhã, levantamos âncora e voltamos para a marina, pois a Lu tinha que ir embora. Nos despedimos (chuif!!!) e aproveitamos para tomar um banho de piscina. Consegui falar com o Márcio e o problema dele foi que roubaram seu celular. Ele ficou sem o meu número para ligar, além de eu não conseguir falar com ele. A tarde foi tirada para colocar diários e página da internet em dia. De vez em quando dávamos uma fugidinha para tomar um banho de piscina para espantar o calor e voltávamos às obrigações. Almoçamos no barco uma maminha assada no forno, risoto de açafrão e azeitonas e salada. Após tudo encerrado, fomos à lan-house, enviei e-mail’s, atualizei a página (a internet da marina é muito lenta para essas coisas) e aproveitei para falar com a Lu por Skype. Fomos então para a casa da Berê, que havia nos convidado para jantar. Lá conhecemos a Kátia, irmã dela, e comemos um macarrão com lula fantástico. Cansados, com sono e muito bem alimentados, retornamos ao barco para o merecido descanso.

 

14/03/2006

Hoje o dia é de trabalho! Após o diário e o café da manhã, dei uma geral no barco. Em seguida fui comprar diesel para deixar todos os tanques abastecidos (o tanque principal é de 40 litros e tenho mais dois bujões com 10 e 20 litros respectivamente). Dei uma olhada no motor e peguei números de filtros para comprar para a próxima troca sem precisar mexer nos que tenho de reserva. Levamos para Parati bujão de gás para carregar e roupas para a lavanderia. Enquanto esperávamos a roupa, fui enviar e-mail’s e depois fomos almoçar no “Sabor da Terra”, que está fazendo aniversário e, com isso, colocou uma promoção muito boa, além da comida ser ótima. Tentei passar no caixa 24 horas e ainda está quebrado. É uma falta de respeito muito grande com os clientes deixar o único caixa da região quebrado por tanto tempo! Após pegar as roupas, decidimos ir conhecer a fábrica de pinga Coqueiro. O lugar é interessante, eles explicaram todo o processo de fabricação de pinga, mas a visita foi cerca de 30 minutos. Para quem tinha ido na Murycana há pouco tempo, foi um programa fraco. Retornamos ao barco, onde as crianças estudaram enquanto eu fazia outras coisas. À noite fomos ao supermercado para começar a abastecer o barco de comida e à lan-house novamente. Cansados, retornamos ao barco e ainda tentei um contato com a Lu por Skype, que foi péssimo em virtude do provedor da marina. Paciência...amanhã tentaremos novamente.

 

15/03/2006

Acordamos tarde e, após o café e obrigações, fomos para a piscina espantar o calor. Levei o computador e aproveitei para puxar e envia e-mail’s e fazer o texto para a próxima revista Ilhabela. No meio da tarde fomos à Parati, onde comprei filtros e óleo para o motor (para não mexer nos que eu tenho guardado) para a próxima troca, que deve acontecer na cidade de Rio e comemos um doce na Sabor e Arte. Demos uma passeada para ver a maré alta, passamos na livraria e no mercado. O caixa 24 horas continua em manutenção e o caixa de bordo está quase no final. Voltamos ao barco, onde as crianças estudaram e me ajudaram a escolher as fotos para a matéria. À noite fomos para a lan-house debaixo de chuva, para falar com a Lu por Skype e para enviar texto e fotos para a Andréia da revista Ilhabela. Retornamos morrendo de sono e fomos direto para a cama.

 

16/03/2006

Novamente acordamos tarde e com o barco muito quente. O dia estava lindo e cobrava ser bem aproveitado. Fizemos as obrigações diárias e, como estávamos todos suados, tomamos uma ducha e um banho de piscina. Fui conhecer o barco do Edson Rizzo, um velamar 38’ “puro- sangue”, para um conhecido que está procurando barco. O barco é muito interessante, tem dois banheiros, o espaço interno é muito bom, tem camas para até 8 pessoas, além de ser um barco que veleja muito bem. Gostei! Resolvemos voltar até Paraty Mirim de carro, para conhecer o caminho. A estrada está boa, foi calçada nos piores trechos e o caminho é lindo. A estrada vai seguindo ao longo de um belo rio, cheio de pedras e pequenas corredeiras. Em dois lugares vimos pinguelas para atravessar o rio, daquelas que só tendo muita vontade ou nenhum amor à vida para atravessar. Chegando na praia, tivemos o prêmio: uma praia só nossa, bem diferente da última vez que estivemos lá. Tomamos um gostoso banho de mar e depois fomos para o encontro de mar e rio (o rio que acompanhávamos na estrada é o mesmo que deságua na praia). Lá tomamos um banho de água mais doce que salgada e um pouco mais fria. Vimos um pescador jogando uma pequena tarrafa no local, para pegar manjubas. Ele se aposentou, comprou um sítio lá e vive naquele paraíso, onde disse não precisar nem fechar a porta de casa quando sai (saudades da época que nossa Ilhabela também era assim!). Retornamos à marina e lá encontrei, em mais uma coincidência, um conhecido de Ilhabela: o Gregório, que foi dono do veleiro Maravida e do Pouso do Grego. Gostei muito de vê-lo bem disposto e animado. Fomos para a cidade almoçar e depois fui cuidar das minhas obrigações com o “Leão” (puxei o programa para fazer imposto de renda da internet). No final da tarde fomos na casa da Zulmira, pois havíamos sido convidados para participar de uma reunião do grupo de leitura deles. Lemos alguns contos e pedaços de livros. Eles se impressionaram com a leitura do Jonas: correta e expressiva! A Berê, que estava lá, nos entregou o nosso livro de visitas, que tinha ficado com ela, com uma bela mensagem. Eram quase dez horas quando saímos e ainda passei na lan-house para falar com a Lu por Skype. Matamos saudades rapidamente, pois ela estava com sono, compramos um presente para o Alceu do veleiro Atlantis que faz aniversário amanhã, vi que o caixa 24 horas havia sido arrumado (finalmente!) e aproveitei para sacar o máximo de dinheiro que podia (100 reais!) antes que quebre novamente. Cansados, retornamos ao barco para nosso merecido sono.

 

17/03/2006

Hoje temos um evento “social”: o aniversário do Alceu. Após termos feito as obrigações, pegamos o botinho e o motor de popa e nos encaminhamos para a “prainha”, que fica ao lado da marina do Amyr Klink para a festa de aniversário do Alceu do veleiro Atlantis. Essa praia é muito bonita, tem uma pequena casa e água limpa para banho, apesar da proximidade de Paraty. O tempo estava maravilhoso, com céu azul desde cedo. Logo todos os convidados já haviam chegado, a brasa estava acesa e a carne e o peixe colocados no fogo. Tivemos uma tarde muito tranqüila, com muito bate-papo sobre viagens, morar embarcado e regatas. O pessoal todo da marina é muito “boa-praça”. O Jonas e a Carol, apesar de serem as únicas crianças na festa, se divertiram muito e ficaram mais dentro d’água do que fora. A Lu, que estava para chegar, teve um problema na estrada e atrasou. Me contaram que essa prainha foi a primeira marina de Parati e que várias pessoas moravam a bordo no local. Ainda hoje é muito procurada por velejadores que não podem gastar nas marinas de Parati. Ao final da festa, retornamos de carona numa escuna e trazendo o bote a reboque. Algum tempo depois que chegamos na marina, a Lu também chegou de São Paulo. Contou os contratempos e fomos passear em Parati para dar uma relaxada. Jantamos, andamos um pouco por lá, ela comprou um lindo quadro de lua cheia do “grafiteiro” e voltamos para a marina, para ver a lua cheia ao vivo. O céu estava todo estrelado e a lua maravilhosa. O Nelson de Ilhabela e as crianças (Bira e Amanda) também estavam para chegar, mas como chegariam tarde, marcamos de nos ver no dia seguinte apenas.

 

18/03/2006

Acordei bem cedo e fui até Parati comprar o Estado de São Paulo para ver a matéria do Estadinho. A “notinha” que a Taíssa (jornalista do Estadinho) me falou que iria sair, se transformou em uma matéria de página inteira e com várias fotos. Ficou muito legal! Passei no supermercado para comprar “bobagens” para enganar a fome no barco durante o passeio e fui para a marina acordar o pessoal. Com o jornal na mão, não foi nada difícil e todos quiseram levantar logo para vê-lo. Tomamos café da manhã no restaurante da pousada, com o Nelson, Bira e Amanda e fui comprar gelo. Logo saímos e a “pedida” para o dia foi velejar. Levantamos vela e logo saímos velejando pelas ilhas da região. O Nelson está pensando em fazer curso de vela e acho que curtiu a velejada. As crianças fizeram “isca de tubarão” e depois resolvemos parar na ilha Rasa para eles conhecerem e para comermos alguma coisa. As crianças ficaram brincando pela ilha e nós conversando, até que alguém gritou: “golfinhos!”. Logo fomos vê-los e eles passaram bem perto da ilha, caçando e brincando, com vários deles dando saltos de alegria. Alguns pequenos tinham a barriga cor-de-rosa, o que fez muito sucesso com as meninas. Após comermos, sugeri voltarmos ao barco e procurarmos os golfinhos. A sugestão foi aceita na hora, mas eu não esperava encontrá-los de novo, porque já haviam se afastado bastante. Voltamos ao barco e, após quinze minutos de motor, já começamos a vê-los. Fomos perto deles até a ilha da Sapeca e ficamos mais de uma hora vendo, admirando e fotografando os lindos animais. Os gritos de alegria não eram contidos e isso parecia atrair ainda mais os golfinhos. Eles passavam bem perto do barco e cheguei a ver uns seis vindo todos, um ao lado do outro, em direção ao barco no alto da onda e mergulharem quando faltava cerca de dois metros do barco. Foi fascinante e, não fosse algumas nuvens de chuva e raios que se encaminhavam para nós vindo da direção de Angra, teríamos ficado mais tempo. Retornamos à marina e, pouco tempo depois, recebi um telefone do Dimitri: ganharam as quatros regatas do campeonato brasileiro de ORC e se sagraram campeões brasileiros da ORC 700 e terceiros colocados na ORC geral, na frente de muitas tripulações profissionais e barcos patrocinados super-equipados. PARABÉNS AMIGOS!!! Muita determinação, muito tempo perdido (perdido???!!!) na regulagem do barco, uma excelente tripulação (que, aliás, se tudo der certo, será grande parte da minha tripulação na Refeno) e a fórmula do sucesso está feita. Rafa. Dimitri, Flávio e Matheus, essa foi a primeira vitória de um ano de muito sucesso, com certeza! Só não pudemos aceitar o convite deles para o jantar e a premiação que se daria no Porto Frade de Angra, pois as crianças estavam capotando de sono e cansadas e, logo depois, no restaurante, tinha gente dormindo na frente do prato. O Jonas e a Carol foram convidados pelo Nelsinho para dormirem no apartamento com eles. A sorte do Nelson foi que estavam tão cansados que todo mundo acabou dormindo rapidamente.

 

19/03/2006

Acordamos cedo, tomamos o café da manhã na marina e seguimos para mar velejando novamente. A torcida do dia era achar os golfinhos outra vez. Pois não demorou nada! Acabamos de passar a ilha da Bexiga e lá estavam eles! Vários barcos já os seguiam e nós não fomos exceção. Mais gritos de admiração, mais show de golfinhos. As crianças quiseram entrar na água e, apesar de saber que não iriam ver nada pois a água estava turva, deixei. Eles foram sendo rebocados pelo barco na escadinha (isca de tubarão), se revezando. Não puderam vê-los realmente, mas puderam escutá-los! O golfinho faz um barulho muito gostoso dentro d’água: fino, com vibração, ele parece que entra na medula espinhal e que o sentimos mais do que escutamos. Ficaram entusiasmados! Ficamos muito tempo de novo vendo-os e depois seguimos para a praia do Engenho em Jurumirim. Ancoramos lá e ficamos brincando dentro d’água. A Lu tentou um mergulho na costeira, mas a água estava muito turva. Após curtir a praia algum tempo, voltamos ao barco e seguimos para a marina, pois o Nelson queria seguir cedo para Ilhabela. Tomamos banho, fomos jantar todos juntos em Parati e nos despedimos deles. Aproveitamos para dar uma passeada por Parati e depois fomos levar a Lu para ver o show da Andréia Gorgatti, cujo CD ela havia gostado muito. Foi muito gostoso. Apesar de fazer muitos dias que havíamos visto seu show, ela começou a tocar as músicas que havíamos pedido na ocasião (“Águas de Março” e “Maresia”) e outras que percebi serem direcionadas à nós (“O Barquinho” e “O Caderno”). Que pessoa atenciosa! Retornamos ao barco cansados e, sonhando com golfinhos, dormimos.

 

20/03/2006

Após acordarmos e tomarmos nosso café à bordo, recebemos a ligação da Cláudia de Ilhabela, que estava chegando para nos visitar. Ela também é muito amiga da Berê e fomos nos encontrar com elas na casa da Berê. Conversamos e conhecemos a simpaticíssima Dna. Maria, mãe da Berê e a conhecida “Sapeca” (lembram que o nome da ilha foi dada por causa dela?!). A Lu foi embora (chuif!) e nós fomos passear em Parati com a Cláudia e o Stefano (que estava comemorando 11 anos exatamente aquele dia!). Demos uma caixa de chocolate para ele, que não durou quase nada! Passeamos bastante e levamos também conosco a educadíssima Camila, filha da Kátia e do Zé Cássio de Parati. Conseguimos matar as saudades e a Cláudia me colocou a par das novidades da Ilha. Ela aproveitou a viagem e realizou alguns bons negócios na região. No final da tarde nos despedimos e eles regressaram para a Ilha. Nós fomos para o barco e eu fui tratar de um problema que estava me afligindo: apareceu um caroço no abdômen, na região inguinal, com toda a cara de hérnia e que havia começado a doer. Liguei para o meu irmão, fiz os testes que ele me falou e constatei que o problema era esse mesmo. Resultado: terei que ir para São Paulo em breve e me submeter à uma cirurgia para “consertar” a hérnia. Desconfio que ela apareceu pelo esforço feito para abastecer o barco com diesel (carreguei os bujões de 10 litros e 20 litros ao mesmo tempo outro dia). O ponto positivo é que ela apareceu na melhor hora possível: enquanto estou com carro e perto de Sampa. Liguei para a Lu, falei para ela e, à noite, contei para as crianças, que ficaram muito preocupadas. A Carol, após duas crises de choro, ficou mais tranqüila e acabou dormindo bem. Após a tempestade vem a bonança; após a bonança, vem a tempestade!

 

21/03/2006 a 24/03/2006

Dia 21 subimos para São Paulo para eu fazer a cirurgia. Dia 22 “entrei na faca” e agora estou em recuperação da cirurgia, que foi ótima (obrigado, Dr. César!). Apesar da recuperação não estar tão rápida quanto eu gostaria (já estou ansioso para voltar ao barco e continuar a viagem), está indo muito bem. Enquanto isso, aproveitamos para rever os amigos e comemorar os aniversários do Daniel, da Giulli e também a Páscoa em família. Estou hospedado na casa do meu pai e as crianças estão nos avós maternos, todos nós curtindo mimos e carinhos de pessoas muito queridas. O Fandango está na marina Refúgio das Caravelas, sob os cuidados de gente amiga que está sempre me mandando notícias dele (obrigado, Amigos, principalmente à Edna e Peter do Tararaína e ao Nonoco).

Estamos suspendendo os diários durante o período de cirurgia e recuperação da hérnia e o retomaremos assim que retornarmos ao barco para a continuação de nossa viagem. Esta deverá ter seu cronograma atrasado em um mês e meio para minha completa recuperação. O engraçado é que eu tinha uma folga de cronograma de exatamente um mês e meio para “esticar” permanência nos lugares que estivéssemos gostando mais. Foi-se a folga, mas com a perda dela aumentaremos as chances de encontrar baleias em Abrolhos e estaremos em Búzios num mês ainda melhor para cruzar o cabo de São Tomé.

Até breve, Amigos!